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Nova realidade, novas necessidades: arquitetas explicam o que mais mudou nas casas durante a pandemia

Com a vacinação avançando e a vida voltando ao novo normal, as especialistas abordam o que mudou e quais tendências ainda devem permanecer nos lares

Muito mais que o home office, as necessidades que surgiram após tanto tempo em casa moldaram um novo estilo de decoração e forma de viver. | Foto: Estúdio São Paulo

Após tantos meses confinados em casa por conta da pandemia do Covid-19, pudemos ver o lar sendo reinventado e desempenhando diversos novos papéis. Muitos, por exemplo, passaram a trabalhar remotamente e precisaram montar um mini escritório, a sala se tornou um espaço possível para se fazer exercícios físicos e a mesa da cozinha ou da sala de jantar acolheu as crianças durante as aulas online.

Em tantas casas brasileiras, pequenos detalhes que incomodavam na estrutura ou decoração passavam despercebidos durante a correria do ‘antigo normal’, mas se tornaram gritantes e exigiram uma mudança durante essa trajetória. “Mesmo com a vacinação avançando e a esperança voltarmos a sair de nossas casas cada vez mais, vemos que todo esse período trouxe mudanças e novas necessidades permanentes para o lar”, explica a arquiteta Claudia Yamada, sócia ao lado de Monike Lafuente do Studio Tan-gram.

Pensando nisso, as especialistas listaram algumas das novas demandas que vieram para ficar. Confira!

1. Espaços de higienização

Neste projeto, o aparador do hall de entrada ganhou uma divisória em vidro para setorizar o home office. A sapateira próxima à porta tornou-se super útil para os moradores que não gostam de entrar com calçados sujos em casa | Foto: Estúdio São Paulo.

Um costume que muitas famílias já possuíam, e que foi ainda mais popularizado com a pandemia, é o de não entrar com sapatos dentro de casa. Trazer a sujeira da rua nunca pareceu tão assustador quanto nos últimos tempos, afinal todos os vírus e bactérias poderiam ser uma ameaça séria à saúde. E quem não segue higienizando as compras do mercado com todo cuidado?

Pensando nisso, muitos moradores incorporaram sapateiras e bancadas próximas à porta de entrada da casa. “A preocupação com as questões sanitárias foi uma das lições que a pandemia nos ensinou e que já naturalizamos em nossos hábitos. Por isso, pensar nessas áreas de transição do dentro e fora das residências passará a ser cada vez mais comum nos projetos de decoração de interiores”, discorre a também arquiteta Monike.

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2. Projetar os ambientes de acordo com a utilidade

O comum antes da pandemia era idealizar os ambientes a partir do uso tradicional que dávamos a eles: a sala de estar servia para relaxar em frente à TV, o terraço/varanda era o palco principal para a recepção de amigos e, para trabalhar, era necessário um home office acolhedor, mas que também se assemelhasse muito ao escritório das empresas. Porém, o confinamento também modificou a maneira como utilizamos cada cantinho: por concentrarmos todas as atividades de nossas vidas em casa, a necessidade de mudar, nem que seja em um cômodo, apareceu. “Por isso, acreditamos que o lar deve ser projetado de acordo com as atividades da família. Há quem goste, por exemplo, de trabalhar da varanda para ter uma vista mais bonita e um contato com o mundo exterior, mas pede para que haja uma persiana para controlar a entrada do sol”, relata Claudia.

Agora que os moradores já conhecem, verdadeiramente, tão bem cada parte de suas moradas, ficará mais fácil de pensar em demandas mais funcionais e, a partir disso, propiciar novos usos e ares.

3. Plantas e hortas

Com plantinhas em vários pontos da decoração, esta sala ganhou mais vida sem deixar de lado o estilo minimalista dos moradores. | Foto: Estúdio São Paulo

Quem não descobriu um novo hobby durante o confinamento? Cuidar de plantinhas e montar hortas se transformou em uma paixão e passatempo revigorante para muita gente e a tendência é que essa vontade de estar próximo do natural se perpetue. “Percebemos nitidamente que as pessoas estão cada vez mais ativas no processo de se reconectar com a natureza por meio das plantas. Com isso, quebraram paradigmas e viram que cultivá-las pode ser simples e facilmente adequado à rotina, principalmente em apartamentos”, pontua Monike. Estar em contato com o natural, além de relaxante, deixa o décor ainda mais magnífico.

Para quem ainda não aderiu, mas quer começar a cultivar algumas plantinhas, as arquitetas indicam começar por espécies como a Samambaia e Espada de São Jorge, além de flores como o Lírio da Paz e as Orquídeas, que são sinônimo de praticidade e pedem pouco cuidado.

4. Trabalho

Atenção a escolha dos móveis do escritório: busque cadeiras com melhor ergonomia, apoiadores de braços e pés para permitir seguidas horas de trabalho! | Foto: Estúdio São Paulo

O home office também é um direcionamento que veio para ficar. Com o aumento da produtividade dos funcionários e a praticidade do trabalho remoto, muitas empresas nem pensam em voltar ao regime 100% presencial – investindo em um formato completamente de casa ou híbrido. Com isso, a demanda por um local de trabalho adequado segue alta nos projetos residenciais de arquitetura de interiores. “Os clientes têm se preocupado muito com a questão acústica e visual do espaço. É recorrente o pedido para trabalharmos um background interessante para as videochamadas, bem como mais privacidade para ajudar na concentração”, finaliza Claudia.

Sobre Studio Tan-Gram

Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças geométricas capazes de formar até 5 mil formas diferentes. Inspirado nesta pluralidade, versatilidade e criatividade surgiu o nome do escritório, liderado pelas arquitetas Monike Lafuente e Claudia Yamada. A arquitetura que concebem e acreditam se estrutura na multiplicidade de soluções, adaptabilidade ao usuário-espaço e renovação de conhecimento contínua. São espaços desenvolvidos para o ser humano e, portanto, cada desafio traz uma solução individual.

www.studiotangram.com.br

@studio.tangram

Av. Onze de Junho, n 1070 – Cj. 609 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04041-004

(11) 5571-3304 (WhatsApp)

 

 

Por Heloisa Vieira

 

 

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