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Jeferson Branco lança Pangëa estrelando rochas brasileiras

Arquiteto que protagonizou as rochas ornamentais no projeto do seu comentado Estúdio Manifesto na CASACOR SC 2021 lança coleção de mesas Pangëa com tampos de pedras nacionais majoritariamente exportadas. Jeferson Branco defende a causa contra a extração e exportação de recursos naturais brasileiros e quer que as belezas do nosso solo se mantenham ao alcance de projetos dos designers no Brasil

“Um throwback há 335 milhões de anos inspira a coleção Pangëa.

O movimento divergente começa a acontecer no período que dá nome

à coleção, fazendo com que as placas tectônicas se afastem umas das outras,

formando fendas e rachaduras na crosta terrestre.

As mesas da coleção Pangëa são geometricamente pensadas

 como resultante desse fenômeno.

Únicas, contemporâneas e exclusivamente em rochas brasileiras”. 

Pangëa by Jeferson Branco

O arquiteto Jeferson Branco apresenta ao mercado a coleção autoral Pangëa e, mais que desenhar e produzir com exclusividade mesas com tampos de pedras ornamentais, o arquiteto quer levantar o debate sobre a causa da exportação majoritária de exemplares de pedras exóticas brasileiras. O Brasil é o 5° maior exportador de rochas ornamentais do Mundo e dados de pesquisa recém lançada pelo Centro Brasileiro de Exportadores de Rochas Ornamentais apontaram um crescimento de 43,83% no faturamento com esse comércio no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020.

A causa contra a extração e exportação dos recursos naturais brasileiros permeia os descontentamentos de Jeferson Branco há um tempo e, por isso, ele levou a questão ao Estúdio Manifesto que assinou na CASACOR Florianópolis 2021. Batizada de “Meu.coração.queima”, a arrebatadora kitnet de 51m² que transbordou brasilidade trouxe com destaque no mobiliário placas e tampos das rochas Red Fire, extraídas em Montes Claros, Minas Gerais, e a Cocadablú, extraída na região de Novo Horizonte, na Bahia, ambas com quase 100% das extrações enviadas para EUA e Ásia e que são a matéria prima das mesas Pangëa. “Não somos mais colônia, precisamos parar de mandar para fora do país as nossas riquezas naturais”, diz Jeferson sobre o tema.”

Exclusivas e atemporais

Um fenômeno que aconteceu há 335 milhões de anos inspira a coleção Pangëa de mesas com tampos que trazem na sua concepção o questionamento sobre a atual agenda de exportação de riquezas naturais do Brasil. Contemporaneidade mesclando passado e um toque de futuro define como atemporais as peças desenvolvidas por Jeferson Branco que serão vendidas por encomenda. “Cada cliente poderá escolher sua pedra preferida entre a mineira Red Fire ou a baiana Cocadablú, e então desenho a peça com exclusividade contando com as peculiaridades do desenho único de cada fragmento da rocha”, resume o arquiteto sobre o método de criação dos tampos que são geometricamente pensados como resultante do throwback de 335 milhões que dividiu o que era Pangëa nos continentes da Terra.

Acredita-se que o uso de pedras ornamentais na arquitetura tenha começado no antigo Egito, há quase 5.000 anos, na construção de túmulos de faraós e de pirâmides, mas antes disso, as cavernas de pedras eram as casas que abrigaram os primeiros exemplares da espécie humana. “Tem-se notícias da utilização das rochas desde os primórdios da humanidade e a conexão do homem com a pedra se estendeu e estreitou por todas as civilizações conhecidas. Hoje ainda é um material rico em possibilidades de formatação e utilização, mas, sobretudo, rico em história. Então por que não deixar no Brasil as nossas rochas com uma beleza ímpar fruto da metamorfose de milênios?” indaga Jeferson sobre a importância que dá à sua matéria prima.

As mesas Pangëa são exclusivas no recorte do tampo, que mede 50cm x 50cm em média, e na cor do fragmento da pedra, já que cada uma é única na natureza. Elas tem pé cônico em aço carbono preto e podem ter 50cm ou 70cm de altura.

Sobre Jeferson Branco | @jefersonbranco

Aos 27 anos Jeferson Branco participou em 2021 da segunda CASACOR SC da carreira e sua passagem por um dos principais eventos de design e decoração do Brasil foi notada. Público e crítica vibraram com o estúdio manifesto em tom terroso que assinou com direito a paleta provocativa predominando tons terrosos, azul celeste e verde folhagem natural. A primeira participação na mostra, ainda estudante, foi como prêmio pelo primeiro lugar num concurso nacional de novos talentos da DECA onde apresentou um projeto de banheiro público sem gênero.

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VEJA: Artefacto apresenta vitrine assinada Patrícia Anastassiadis

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Arquiteto e urbanista desde 2018 pela UNIVALI de Balneário Camboriú, Santa Catarina, ele também recebeu menção honrosa no concurso ProjetEEE, do Ministério do Meio Ambiente, que buscava soluções passivas de conforto térmico e acústico em diferentes climas pelo Brasil. Em 2015 através do Programa Ciência Sem Fronteiras, cursou dois semestres da faculdade na California Baptist University, em Riverside, Califórnia (EUA), e estagiou no escritório D-Scheme Studio, em San Francisco, por quatro meses.   De volta ao Brasil, começou como estagiário e, em três anos de casa, estava envolvido na gestão de projetos na Inbrasul Empreendimentos, em Navegantes/SC, onde participou da criação de fachadas, interiores e áreas de lazer. Daí, foi empreender.

Irrequieto, Jeferson escreveu as pesquisas “Hospitalidade Espacial na Hotelaria de Balneário Camboriú” publicada em 2013, e “Investigação Acerca da Lógica Projetual em Projetos Arquitetônicos que Utilizaram Modelagem Paramétrica” publicada em 2017. Foi Monitor no LACA – Laboratório de Conforto Ambiental em 2014 e contribuiu na organização do XIIV ENCAC – Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído e do X ELACAC – Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, em 2018.

Atualmente, é fundador do escritório Jeferson Branco Arquitetura, que tem sede em Itajaí, e atende clientes em SC, SP e EUA.

 

 

Por Kaly Camargo I comunicóloga

Imagens: Vanessa Alves

 

 

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