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Humanidade aumentada

Em 2020, a maioria das pessoas terá mais conversas diariamente com assistentes virtuais do que com suas esposas/maridos

Ao passear pelo noticiário encontramos muitas tentativas de robôs imitarem humanos utilizando tecnologias de inteligência artificial (IA) e processamento de linguagem natural (PLN). Uma iniciativa, em especial, se tornou muito lucrativa, a pintura chamada de Retrato de Edmond Belamy, criada por um algoritmo de IA, chamado OBVIOUS. Para confeccionar a obra, que foi vendida por 430 mil dólares em outubro de 2017, OBVIOUS, o primeiro robô artista, utilizou a tecnologia de aprendizagem da máquina, alimentando-se com 15.000 retratos pintados entre os séculos 14 e 20.

“A tendência é que as máquinas participem cada vez mais de nossas vidas, deixando de ser meros assistentes que imitam o comportamento humano e se tornem um complemento, executando atividades como agendar horário no cabeleireiro, cancelar e contratar serviços e obter relatórios de performance financeira de sua empresa, de forma eficaz. Este é o caminho para a Humanidade 2.0, elevada a um novo patamar de possibilidades, habilitada pela tecnologia”, explica Christian Genorasso, membro do Comitê Macroeconômico do ISAE Escola de Negócios, composto por profissionais das áreas financeira e econômica e que tem como objetivo agregar valor à sociedade por meio de pesquisas, análises e interpretações de dados macroeconômicos.

Com a consolidação da computação quântica, talvez em 10 anos teremos grandes avanços na máquina superinteligente. Mas ainda será uma imitação. Como seres humanos tomamos decisões com base em nossas emoções. “Um bom exemplo é Elon Musk, que no começo dos anos 2000 era apenas um empresário bem-sucedido no ramo de tecnologia, com quase nenhuma experiência em corrida espacial. Atualmente, com a SpaceX, Musk é um dos principais fornecedores de lançamentos espaciais da NASA, agência aeroespacial americana. Entrar no ramo aeroespacial e colonizar marte é a missão da SpaceX e o sonho de Musk. O nível de conexões, conscientes e subconscientes, para este tipo de decisão está décadas à frente do que a tecnologia imaginável pode executar”, comenta Genorasso.

Grande parte dos empregos consumidos por automatizações de atividades repetitivas serão substituídos por novas funções, como o treinamento e sustentação de robôs, que serão complementados com entendimento binário dos algoritmos. Segundo Genorasso, atividades de alto valor agregado como decidir qual o tratamento mais efetivo para um paciente, qual o melhor investimento a se fazer para garantir o crescimento de corporações globais e evoluir projetos de engenharia mais seguros, por exemplo, terão sempre a participação de um ser humano com simultâneas interações da inteligência artificial para aumentar sua capacidade de identificar riscos e melhorar a qualidade de suas decisões.

“Atualmente, aviões da Boeing já são capazes de realizar voos de forma autônoma utilizando inteligência artificial. A empresa asiática Asiana proíbe os pilotos de ativar o controle manual acima dos 3 mil pés. Mas apesar das automatizações, está longe de existirem aeronaves, sem supervisão, circulando o espaço aéreo”, detalha Douglas M. Moss, consultor de aviação da AeroPacific. “Apesar da capacidade das máquinas, nada substitui as decisões tomadas por um ser humano, principalmente em momentos críticos”, completa o especialista.

 

 

 

Por Ana Ornellas – P+G Comunicação Integrada

Imagem: Ilustração

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