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A GRANDE TENDÊNCIA DO CONCEITO DE TOUCHLESS RETAIL

Devido ao isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, os lojistas tiveram que se adaptar para atender os seus clientes e manter a saúde financeira dos seus negócios. Essa nova realidade antecipou a implementação de novos canais de venda e também a migração dos negócios para o ambiente online. De acordo com um estudo realizado pela Konduto, antifraude para pagamentos online, o comércio eletrônico registrou um aumento de 119,45% em junho em comparação com o mês de janeiro, antes da Covid-19.

A partir disso, o conceito “Touchless Retail” ou “varejo sem toque”, ficou ainda mais em evidência. Mesmo com a abertura parcial de alguns estabelecimentos, diversas medidas protetivas tiveram que ser adotadas para prevenir o contágio da doença e as soluções tecnológicas têm sido essenciais para garantir a segurança dos consumidores e trabalhadores nessa retomada, além de proporcionar diferentes experiências na hora de adquirir um produto.

De acordo com Israel Nacaxe, COO da Propz,  startup que utiliza inteligência artificial e big data para monitorar o comportamento do consumidor, entendendo, predizendo e reagindo aos seus hábitos de consumo, em tempo real e de forma automatizada, os usuários não deixarão de ir ao estabelecimento físico, mas a relação com o ponto de venda mudará bastante. ”Decidido a fazer compras mais assertivas, as pessoas irão utilizar a loja física como um ponto de retirada e adotará modelos de entrega tipo lockers, em que o produto é deixado em um armário em um lugar conveniente.  Isso exige mais flexibilidade do varejo, uma vez que o cliente poderá decidir comprar em um concorrente que tenha uma opção de entrega mais acessível. No touchless retail, o varejo precisa estruturar sua operação com foco no seu público-alvo”, explica o empreendedor.

Outra empresa atuante nesse mercado é a More Than Real, referência global no desenvolvimento de experiências e soluções de realidade aumentada. Segundo Marcos Trinca, Head de XR da marca, o mundo pós-pandemia impôs uma forte necessidade de se criar experiências que aproximem o produto dos clientes, e a Realidade Aumentada é uma das alternativas. “As vantagens trazidas pelas tecnologias imersivas fazem com que a necessidade de transformação digital seja ainda mais evidente. Isso porque houve uma aceleração na adoção das ferramentas digitais por oferecer um engajamento e proporcionar uma experiência de compra diferenciada. A meu ver, sempre haverá demanda de um nível de digitalização que envolve atendimento e oferta de produtos para comunidades, consumidores e sociedade como um todo”, complementa.

Pensando na jornada do cliente, o olhar apurado para a experiência do consumidor faz toda diferença nos resultados. Segundo o Fabrizio Topper, CEO e um dos sócios da Driven.cx, o maior grupo consultivo independente de transformação digital para corporações de grande porte projetos de transformação digital autorais na nova economia, entre as principais ferramentas estão o planejamento integrado de mídia e a visão macro de cada projeto. “Quando falamos de estratégia de performance no ambiente digital, isso envolve uma série de fatores. O que percebemos no mercado é que isso é tratado de forma segmentada. Mas quando nos colocamos no lugar do cliente vemos que o negócio dele é uma coisa só. Neste caso, para que tenhamos sucesso é preciso ter tudo integrado”, conta Topper.

Outro ponto importante que envolve esse novo conceito é o autoatendimento, por isso muitos varejistas devem utilizar self-checkout, terminais de autoatendimento, totens para compras online, delivery, entre outros. “Realizar o pagamento sem a necessidade do toque passou a ser uma prática necessária dentro dos estabelecimentos comerciais devido a pandemia do novo coronavírus. Por isso, a biometria facial como forma de autenticação de pessoas é uma excelente alternativa para evitar o contato com os dispositivos de cartão em ambientes físicos que poderá ser utilizada pelo setor varejista, afirma Danny Kabiljo, CEO da FullFace, empresa brasileira especializada em biometria facial.

Os novos meios de pagamento também se destacam nesse novo conceito. De acordo com Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil – fintech brasileira líder no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo – todas essas iniciativas visam conter o uso do dinheiro físico, uma vez que os pagamentos por aproximação dispensam o contato com as cédulas de dinheiro ou dos cartões com as maquininhas dos estabelecimentos, evitando que algum objeto possivelmente contaminado toque as mãos.

“Os pagamentos online ou por aproximação proporcionam mais segurança para os clientes e atendentes porque evitam o manuseio do dinheiro físico e até mesmo dos cartões de plástico, que em contato com as maquininhas precisariam ser higienizados por conta do Covid-19. Esse método de pagamento leva segundos para ser realizado e pode prevenir contatos desnecessários com superfícies de alta rotatividade”, explica Germer.

Um exemplo de startup que tem utilizado essa é técnica é o Market4u. Considerada a maior rede de mercado autônomo e inteligente do Brasil, seu modelo de negócio baseia-se em instalar dentro dos condomínios um pequeno mercado autônomo, sem atendentes, para que os condôminos possam realizar suas compras. Para isso, é necessário baixar o aplicativo da empresa, se cadastrar e efetivar o pagamento dos produtos que adquiriu, tudo isso de forma online e sem precisar ter contato com nenhum tipo de máquina. Atualmente, o market4u está presente em mais de 20 cidades brasileiras e possui 30 mil clientes ativos. A previsão é chegar em 5 mil unidades instaladas em 2021, tornando-se uma das maiores franqueadoras do Brasil.

Pode-se dizer que cada vez mais o varejo precisa se atentar as necessidades do seu consumidor e o chamado “Novo Normal” estará presente nas relações entre as pessoas e nos principais mercados.

 

 

 

Por Gabriela Calencautcy | PiaR Comunicação

Imagem: Divulgação

 

 

 

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